Eu, Metrologista na indústria 4.0
Indústria 4.0 é uma realidade, mesmo que na prática ainda não estejamos inseridos nessa revolução, precisamos nos preparar.
O conceito ou o termo não é tão atual, foi usado pela primeira vez em 2011 e uma pesquisa rápida pela Internet já possível de nos atualizar sobre o conceito e histórico da 4a revolução industrial.
Uma realidade incômoda, pouco difundida, é a posição do Brasil em relação ao avanço indústrial. Se você está familiarizado com o histórico da evolução da indústria, basta observar de forma ampla o processo produtivo em que atua. Se este processo é altamente automatizado, parabéns você atua em uma empresa compreendida no que seria a indústria 3.0, realidade muito a frente da maior parte da indústria nacional, que está situada na transição do que seria a indústria 2.0 para a indústria 3.0, conforme especialistas.
“A boa notícia é que não precisaremos passar por todo o processo de modernização fabril ocorrido nos países desenvolvidos nas últimas décadas para poder abraçar as tecnologias da Internet Industrial e da Indústria 4.0. Podemos e devemos queimar etapas. O que não podemos fazer é ignorar essa revolução se quisermos preservar a indústria presente no Brasil e prepará-la para esse novo panorama competitivo. – José Rizzo, fundador da Pollux”
Neste ponto começo a pensar como eu, metrologista, posso contribuir para a viabilização e/ou a análise do impacto dessa transição no processo em que atuo. O metrologista é um profissional altamente inserido na qualidade do processo produtivo, basta observar os requisitos técnicos, acadêmicos e experiência requisitadas para preenchimento de um cargo de metrologista.
Como fazer então?
Na prática a metrologia já é o centro de dados [big data] do processo produtivo em geral. Ali são coletados todos os dias, dados de todas as peças, estações de trabalho, calibres, etc… Tudo o que tem efeito no processo produtivo deve e é medido. Tais dados são gerados e emitidos através de relatórios ou enviados para alimentar sistemas estatísticos, em qualquer uma das alternativas, a análise e tomada de ação não é imediata. Agora, e se tais dados forem imediatamente disponibizados para cada posto de trabalho em tempo real?
Agora imagine que sou um metrologista de uma cmm. Será que as rotinas de medição que utilizo todos os dias, são bastante otimizadas para evitar erros de alinhamento, posicionamento ou mesmo a medição de uma peça incorreta? Será que disponibilização dos dados medidos é feita forma inequívoca e estruturada?
Estes são apenas alguns exemplos de análise ou verificação do quanto meu processo de medição está avançado em direção a indústria 4.0.
Uma vez que é consenso, de que a indústria brasileira em geral não terá uma transição imediata, ainda temos muito trabalho a fazer e muito trabalho a fazer tem sinônimo de oportunidades de crescimento profissional e de negócios. Eu, metrologista, justificado por todo o contexto de conhecimento, posicionamento no processo produtivo e ferramentas à disposição, tenho a oportunidade de contribuir com muito peso na transição para a indústria 4.0.
Adilson Pimentel, Metrologista.
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